Sobrevivente de acidente no Rodoanel diz que sua vida é marcada pelo número 13

Vigas caíram sobre seu carro na noite desta sexta-feira (13).
Ela conheceu o namorado em um dia 13; aniversário dele é em um dia 13.

Foto: Roney Domingos/G1

Luana, ao lado do pai, Maximiliano, da mãe, Maria Estênia, e do namorado, Thomaz (Foto: Roney Domingos/G1)


Se o número 13, ainda mais associado a uma sexta-feira, é considerado sinônimo de azar para muitos, para a bancária Luana Augusto Coradi, de 21 anos, uma das sobreviventes do acidente com as obras do Rodoanel, ele tem um significado totalmente diferente.

Luana afirmou ao G1 que conheceu seu namorado em um dia 13, que ele é nascido em um dia 13 e que agora se salvou de uma tragédia em um dia 13.


A bancária saiu de sua casa, em Embu, na noite de sexta (13), para encontrar justamente o namorado, Thomaz José Ângelo, em Osasco. Antes de sair, ela parou por alguns segundos para se despedir da mãe, Maria Estênia Augusto, que saía para comprar pizza.


Luana, que saiu do carro com apenas alguns arranhões nos joelhos após a queda das três vigas de concreto na Régis Bittencourt, considerou que foi o tempo curto que passou com a mãe que salvou sua vida.

“Eu pensei quando estava passando: ‘Imagina se isso cai’. Em três segundos, começou a desabar. Pouco antes, eu ia ultrapassar o caminhão para pegar o Rodoanel rumo a Osasco. Quando eu vi a ponte, ela estava reta e fez uma curva. Aí soltou um pó e desabou. Eu freei. Eu não lembro, mas eu bati no Celta que estava na minha frente, meu carro capotou e a primeira coisa que pensei foi: ‘Morri’. Aí soltei o cinto de segurança e sai correndo em direção à BR. Começaram a parar pessoas para acalmar o trânsito. Uma moça me socorreu e emprestou o celular”, contou.

Carro vermelho de Luana capotou (Foto: José Patrício/AE)

Luana e Thomaz, que namoram há um ano e meio, iam ao aniversário de um amigo comum. "Falei para ele que agora ele me deve um carro novo", brincou ela, que perdeu o Renault Clio 2008. Avisado sobre o acidente, Thomaz foi o primeiro a chegar ao local. Percorreu cerca de 24 km em um tempo que ele calcula em cinco minutos. "Foi buzina, farol alto e contramão", disse ele, que no final acabou com o carro também arranhado em um estacionamento.

Para Luana, a noite de sexta-feira 13 acabou trazendo boa sorte, ao menos no fim. A bancária que mora e trabalha em Embu contou que normalmente resiste a usar cinto de segurança entre sua casa e a agência. Mas desta vez ela sentiu necessidade de colocar o equipamento, providência que também salvou sua vida.

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